LORRAN BANDINI: TALENTO PROMISSOR COM A BENÇÃO DO PAI
Se filho de peixe, peixinho é, o futebol de mesa do Rio de Janeiro pode estar diante de um novo talento. Filho de Rodrigo Bandini, um dos principais craques da atualidade, Lorran dos Santos Bandini, de apenas 10 anos, fez sua estreia como federado na etapa de abertura do Estadual individual de 2023, em março, e, sem falsa modéstia, revelou sua meta: seguir os passos do pai, campeão da Copa do Brasil e da Copa Rio (ambas em 2019), tricampeão da Copa Rio (2016/17/18) e campeão Carioca por equipes (2017).
Embora ciente de que ainda tem um longo caminho a percorrer na arte de pôr o dadinho no filó, Lorran faz da paixão pelo Fluminense uma de suas principais ligações com o futebol de mesa e de identificação com Bandini — os dois, inclusive, defendem o Tricolor das Laranjeiras nas competições promovidas pela Fefumerj. “Sonho ser como o meu pai e virar um dos melhores do Brasil”, revela o garoto, que busca seguir os conselhos de botonista mais experiente da família. “Ele fala para eu só chutar quando a bola (dadinho) estiver boa e que a coisa mais importante é tentar fazer muitos gols”, entrega.
Lorran, que joga botão desde os 6 anos de idade, gostou da experiência de atuar na categoria sub-18 em sua primeira competição como federado. E não foi mal para um estreante, mesmo tendo nas veias o sangue de um multicampeão do esporte. Foram quatro vitórias, quatro empates e quatro derrotas, com um aproveitamento de 44,4% e 11 gols marcados. Ver o herdeiro nas mesas é motivo de orgulho para o pai-coruja Bandini.
“É uma alegria grande ver o nosso filho seguir os nossos passos. É muito legal. Ele gosta muito também”, diz Bandini, acrescentando. “Mas tem o lado ruim, já que eu acabo ficando preocupado com ele, em ver como está o desempenho dele ao longo do campeonato, e não me concentro muito nos meus jogos. Mas é uma alegria muito grande vê-lo nas mesas”, brinca.
Feliz com a atenção do pai, Lorran só se preocupa em seguir os conselhos de Bandini. O principal deles, garante, tem que ser usado a todo momento, dentro e fora das mesas. “Ele me fala que é muito importante manter a humildade. Ganhando ou perdendo, temos que ser humildes”, revela. Bandini reforça tal conselho, mas se rende à categoria do garoto nas mesas.
“O Lorran tem talento. Desde pequenininho, tem facilidade para palhetar e já possui muita qualidade. Só que a gente não joga, a gente não treina. Por isso, acredito que ele terá um futuro absurdo. Mesmo sem pegar com frequência na palheta, ele fez muitos gols na etapa, fez bons jogos. Acho que tem um belo futuro, sim”. Palavra de pai-campeão.
Texto: Alysson Cardinali