LIGA FONTE E BANDINI DITAM AS REGRAS NO RIO-SÃO PAULO 2025
O V Torneio Rio-São Paulo de equipes deu liga. Liga Fonte. Melo, Latino, Veras, Malvar, Guns e Índio foram à Terra da Garoa e mostraram que a união faz a força para, de forma inédita, faturarem um título histórico, domingo (23/2), na Sociedade dos Amigos Dalmácia Croácia, na capital paulista. A competição, disputada por 12 agremiações, no formato pontos corridos, reuniu a nata do futebol de mesa (regra Dadinho) carioca e paulista. E, como emoção pouca é bobagem, foi decidida na última de 11 rodadas, onde quatro equipes chegaram com chances de erguer a (bela) taça. No fim, a formação do Engenho Novo levou a melhor, após oito vitórias, dois empates e apenas uma derrota – 78,8% de aproveitamento.
A liderança, após a 10ª rodada, estava com a Liga Fonte, com 23 pontos, seguida por River (22), Flamengo (21) e Vasco (21). Até o intervalo da 11ª e derradeira rodada, o título estava sendo conquistado pelo River, que abriu 3 a 0 sobre o Vasco, enquanto Liga Fonte e Corinthians ficavam no 1 a 1 e o Flamengo vencia o Fluminense. Nos últimos sete minutos do Rio-São Paulo, porém, tudo mudou: a Liga Fonte fez 3 a 1 (e assegurou o título), mesmo placar do Rubro-Negro no Fla-Flu. O Cruzmaltino ainda buscou o empate com o River, que vencia o duelo por 1 a 0 e chegaria ao segundo ponto até o tem-chute convertido por Adriano em Matoso.
O jogador do River vencia por 3 a 2, mas o gol do atleta do Vasco decretou o empate nesta partida e o resultado geral terminou 1 a 1 (vitórias de Gatto e Tarouca). Com isso, o time da Gávea ficou com o vice-campeonato, deixando o River em terceiro lugar e o Gigante da Colina na quarta posição. Adrenalina à parte, fato é que a Liga Fonte fez por merecer seu primeiro título em nível nacional. Para isso, contou com a coesão de sua formação e o ponteiro Latino inspirado: com nove vitórias e apenas uma derrota, ele teve a melhor campanha individual na competição.
“Foi emocionante, um campeonato no qual a gente conseguiu disputar de igual para igual com todas as equipes grandes. Só perdemos um jogo. Realmente estávamos preparados para algo maior. Mostramos que é possível uma agremiação que não figura entre as cinco favoritas do futmesa (America, Flamengo, Fluminense, Vasco e River) ser campeã. Eu estava mais pé no chão e achei que, em um dia bom, brigaríamos por pódio, mas vi companheiros decretando que tínhamos condições de ficar em primeiro lugar. Felizmente, eles ‘calaram a minha boca’”, diz Melo, num misto de brincadeira e desabafo.
Feliz, ele revela o segredo para a façanha da Liga Fonte. “Primeiro a energia. Tem que ser uma equipe que fala a mesma língua. No Rio-São Paulo nós éramos uma equipe boa, mas não a melhor delas no papel. Só que cada um entendeu o seu papel dentro da competição e tudo se encaixou. Em um campeonato como esse, se em um jogo alguém não estiver bem, os outros têm que cobrir e esse encaixe foi perfeito. Com isso, buscamos um título mesmo sem estarmos entre os favoritos. A nossa sintonia foi perfeita, com todos focados em um só objetivo. Todos nós metemos a mão na massa e trabalhamos juntos em tudo rumo à evolução”, frisou Melo.
Quem também meteu a mão na massa foram os organizadores do V Torneio Rio-São Paulo, que, em 2025, teve número recorde de agremiações participantes e contou com a honrosa estreia do Palmeiras na regra dadinho 9 x 3. A equipe alviverde fez boa campanha, com direito a empate com o forte Flamengo e vitórias sobre o Círculo Militar e o Botafogo. Uma competição repleta de fortes emoções nas mesas e muita cordialidade e respeito fora delas. Ano que vem, tem mais.
Campanha da Liga Fonte:
2 x 1 Maria Zélia (SP)
1 x 2 River (RJ)
1 x 1 Fluminense (RJ)
4 x 0 Botafogo (RJ)
2 x 1 Círculo Militar (SP)
3 x 0 Palmeiras (SP)
2 x 1 Flamengo (RJ)
1 x 1 Vasco da Gama (RJ)
4 x 0 São Paulo (SP)
3 x 0 CEPE 2004 (SP)
3 x 1 Corinthians (SP).
Total: 11 jogos, 8 vitórias, 2 empates e 1 derrota (26 VP e 8 VC).
Classificação final
1º Liga Fonte (RJ)
2º Flamengo (RJ)
3º River (RJ)
4º Vasco da Gama (RJ)
5º Fluminense (RJ)
6º Corinthians (SP)
7º CEPE 2004 (SP)
8º Botafogo (RJ)
9º São Paulo (SP)
10º Palmeiras (SP)
11º Maria Zélia (SP)
12º Círculo Militar (SP)




Um dia antes das fortes emoções na competição de equipes, foi disputada, no sábado (22/2), o Rio-São Paulo individual, também na Sociedade dos Amigos Dalmácia Croácia, na capital paulista, com a presença recorde de 76 atletas. Com direito a um ‘acerto de contas’ na grande decisão. Afinal, Bandini, do Fluminense, fez valer a vantagem do empate e ficou no 1 a 1 com o então bicampeão Brayner, atualmente no Flamengo. O atleta tricolor fora vice-campeão para Brayner, em 2023 e 2024, mas, este ano, quebrou a escrita de forma invicta – dez vitórias e dois empates, com 42 gols marcados e 17 sofridos. O título da Série Prata ficou com Pitico, do Fluminense, que, na decisão, bateu Rafael Marques, do River, por 2 a 0.
Pode-se dizer que o script da final da Ouro em 2025 foi quase idêntico ao das decisões dos dois últimos anos. A diferença é que, naquelas ocasiões, a vantagem do empate estava com Brayner, que as fez valer (2 a 2, em 2023, e 4 a 4, em 2024) para subir ao lugar mais alto do pódio. Em tempo: ambos os atletas terminaram as três últimas competições sem perder um só jogo (Brayner, este ano, venceu sete partidas e empatou cinco). Rivalidade, adrenalina e história e um duelo de gigantes, marcado pelo respeito e o equilíbrio. Desta vez, Brayner fez 1 a 0, no primeiro tempo, só que Bandini buscou a igualdade, na segunda etapa, e assegurou o título. Festa e alívio do Guerreiro Tricolor.
“Tirei um peso das costas. Afinal, fui bivice-campeão e quebrar tal escrita foi especial. Eu estava realmente entalado, teve um sabor sensacional, senão eu seria trivice. Das outras duas vezes, achei que eu merecia ter sido campeão e não fui. Na final de 2023, estávamos invictos e ele buscou o empate quase no tem-chute. Foi 2 a 2 e ele foi campeão. Ano passado, Brayner fez 3 a 1 no segundo tempo, eu consegui virar o placar para 4 a 3 e ele buscou o 4 a 4 no tem-chute. Eu estava sempre batendo na trave. É legal conquistar um título tão importante diante de um grande jogador como o Brayner”, desabafa Bandini, mas sem perder o foco: “Agora só faltam o Estadual e o Brasileiro”, diz o Tricolor, que já faturou a Copa do Brasil.
Rivalidades à parte, Bandini e Brayner se consolidaram ainda mais como dois dos principais expoentes do futebol de mesa nacional. Só que o Rio-São Paulo de 2025 teve a presença de outros craques, como Tarouca, do Vasco, que, na disputa do terceiro lugar da Série Ouro, fez 5 a 3 em Willow, do Corinthians. Sem contar com botonistas renomados que, este ano, ficaram fora do pódio da Série Ouro, que ainda teve Lucas Mendonça, do Flamengo), em quinto lugar; Gian, do Fluminense, em sexto; Crespo, do River, em sétimo; e Vinicius Rolim, do Corinthians, na oitava posição.
A Série Prata também teve seus heróis no pódio. Além dos finalistas Pitico e Rafael Marques, Renato Ventura, do São Paulo, ficou com a terceira colocação, após bater Alexandre, do Base Forte, por 1 a 0. O craque Ronald, do Flamengo, ficou com a quinta colocação, seguido por Bruno Santos, do São Cristóvão, em sexto; Marcos Mattos, da Base Forte, em sétimo; e Cleo Jr, do CEPE 2024, no oitavo lugar.
Terminada, em grande estilo, a edição 2025 do Rio-São Paulo, ficam algumas dúvidas para 2026: quem será o campeão da Série Ouro: Brayner ou Bandini? Quem terá a vantagem do empate? Ou será que teremos a aparição de um novo super-herói para desbancar a hegemonia dos dois extra-séries das mesas? Que venha a próxima edição. Quem viver, verá!
A campanha de Bandini:
3 x 2 André Sá (São Cristóvão)
3 x 1 Rapozão (Light)
4 x 3 Professor (Litovale)
1 x 0 Augusto (Base Forte)
4 x 1 Bravo (Flamengo)
3 x 1 Índio (Liga Fonte)
5 x 2 Willow (Corinthians)
2 x 1 Índio (Liga Fonte)
4 x 1 Tabajara (CEPE 2004)
10 x 0 Crespo (River)
2 x 2 Tarouca (Vasco)
1 x 1 Brayner (Flamengo)
Total: 12 jogos, com 10 vitórias e 2 empates. 42 gols e 17 sofridos
Texto: Alysson Cardinali | Diretor de Comunicação Dadinho | FEFUMERJ