FUTEBOL DE MESA CARREGA A CHAMA OLÍMPICA
A chama olímpica já está no Brasil, a cerimônia da tocha irá passar por 329 cidades até chegar ao Rio de Janeiro, 12 mil pessoas entre esportistas, celebridades e anônimos estão tendo a honra de carregar a tocha durante esse revesamento, entre eles um botonista. Coube a Fernando Santos, atleta do Maria Zelia (SP), a honra de fazer nosso esporte presente nessa grande festa.
O Blog Palhetas populares conversou com Fernando e quis saber um pouco da emoção de fazer parte dos jogos olímpicos, e o resultado você confere abaixo:
Convite:
“O convite se deu por dois motivos. Eu dei início ao trabalho de comunicação do Bradesco no revezamento da Tocha. Por fazer parte da equipe de comunicação/relações públicas, o banco fez o convite. E acredito também que foi uma maneira de homenagear meus 30 anos de trabalho com jornalismo esportivo, que começou em 1986 como estagiário na Secretaria de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo, e depois como repórter de esportes da Folha de S.Paulo, Folha da Tarde e Agora S.Paulo, editor executivo do Diário Lance! e gerente de atendimento na In Press Porter Novelli, com clientes como Ambev (Brahma – Movimento por um Futebol Melhor), Secopa-MT, Confederação Brasileira de Rugby e, claro, Bradesco”
O que isso significou para você como esportista?
“No momento que acendi a tocha olímpica e iniciei o percurso de 400 metros pela avenida Paranahyba, em Goiânia, me veio à cabeça mais de 2 mil anos de história. Naquele momento, eu estava levando nas mãos uma tradição milenar, que começou na Grécia antiga e envolveu os maiores nomes do esporte. Pensei em Magic Johnson, campeão olímpico com o Dream Team em Barcelona-1982, condutor da tocha em outras Olimpíadas, e em Muhammad Ali, que acendeu a pira olímpica em Atlanta-1996, na cerimônia de abertura mais emocionante de todos os tempos. E quantos outros atletas, geniais e anônimos, não estavam ali representados por aquela tocha, aquela chama sagrada?
Um fato curioso foi que acabei abençoado em dobro pelos deuses do esporte. Eu era o condutor número 91 naquele dia. Antes de ir para a rua, todos os condutores se reuniram para receber instruções. Uma delas era como receber e passar a chama olímpica. Percebi que o número 90 estava lá. Ele iria acender a minha tocha. Mas não achei o número 92. Perguntei a um funcionário da organização, que ficou de falar comigo mais tarde. No ônibus que levou os condutores durante o trajeto, o funcionário me chamou. Não precisou dizer mais nada. Simplesmente respondi: “Pode deixar, eu corro pelo condutor que faltou”. Assim, além dos meus 200 metros, acabei conduzindo a tocha por mais 200. Emoção e felicidade em dobro.
Fiquei com a tocha que conduzi, um presente do Bradesco e da Rio-2016. Que maior troféu poderia ter na minha galeria?”
Fonte: Blog Palhetas Populares
Foto: Gáspar Nóbrega/Inovafoto/Bradesco