COLUNA 9X3 COM BRAYNER WERTMULLER
Perguntas:
1- Brayner, nome bem conhecido na modalidade. Como consegue conciliar seu tempo aos estudos e ainda se dedicar ao esporte de forma que dê tanto resultado. Foi por conta da dedicação no início ou ainda treina tanto quanto antes?
Resposta: Com muito foco e planejamento. Sei das minhas responsabilidades na vida profissional e pessoal, e elas sempre terão o maior peso na minha vida, mas tenho um amor profundo pelo nosso esporte, além de ser bastante competitivo e me divertir jogando, o que me leva a sempre tentar tirar um ou dois dias na semana, na época fora de pandemia, para treinar. Com certeza os resultados do início vieram por conta de muito treino, além de ótimos professores. Hoje, infelizmente, não consigo dedicar tanto tempo ao futmesa quanto poderia, mas sempre faço o máximo que posso para me manter competitivo.
2- De toda sua diversidade de títulos, ainda falta algum ou há algum título que almeja ganhar novamente em outra equipe?
Resposta: O meu foco é sempre o próximo título. Os campeonatos nacionais são os meus xodós, mas o foco é máximo em qualquer campeonato oficial.
3- Falando sobre rivalidade, mas no bom sentido, é claro. Qual adversário mais disputou títulos com você? Seja ponto a ponto no estadual ou sempre se encontrando nas finais.
Resposta: Victor Praça. Um monstro da modalidade e um dos 5 melhores da história. Nossos jogos são muito intensos, mas sempre respeitosos, e a rivalidade, apesar de muito grande, termina na mesa. Somos amigos e tenho certeza que admiradores do jogo um do outro. Já nos encontramos em todos os campeonatos possíveis hahaha Estadual Sub-18, Estadual de Equipes, Brasileiro de Equipes, Estadual Adulto, Copa do Brasil e Brasileiro individual.
4- Percebe-se que quando entra no ambiente de competição seu foco é total no jogo. Sempre descontraído mas na hora de jogar, só tem ouvidos e olhos para a mesa. Como consegue ter tanto foco, mesmo com barulho externo as vezes e até adversário tentando conversar?
Resposta: É algo que tive que aprender por muitos anos para conseguir fazer com mais precisão. Depois de muito observar os mais velhos, os melhores jogadores, na minha opinião, pude perceber que, a grande maioria, quanto mais se concentrava, mais obtinha êxito. Cheguei à conclusão de que precisava fazer isso da melhor forma e tive a sorte de ter grandes pessoas me aconselhando.
5- Qual foi o estilo de jogo que te inspirou? Aquele atleta que você via jogar e mais se impressionava. Como uma criança que tem seu primeiro ídolo no futebol.
Resposta: Sem dúvida, Jefferson Tabajara. Sou fã dele até hoje hahaha
6- Pergunta aleatoria sempre lhe vejo escutando música antes das partidas, acredito que seja para focar no jogo seguinte. Qual gênero musical, cantor ou grupo que mais escuta?
Resposta: Sou bem eclético, mas geralmente escuto música eletrônica ou rock.
7- Qual foi a melhor escalação de uma equipe que você participou e foi campeão?
Resposta: Eu, Allan, Bruno Romar, Ronald e Rafa Nerd
8- O futebol de mesa na modalidade Dadinho tem crescido mas a categoria sub-18 segue sem tanto crescimento. Ao seu ver, quais seriam as estratégias que poderiam ser abordadas para atingirmos esse público?
Resposta: O futmesa não é um esporte barato, é necessário acompanhamento para os campeonatos e o material completo para se ter em casa e poder jogar, além de caro, é espaçoso. Dito isso, não acho que falta vontade das crianças para jogar, acho que falta incentivo. Principalmente para o pai querer ver seu filho jogando o esporte, visto que um video game pode custar tanto quanto e entreter a criança sem sair de casa, sem perder espaço. Assim sendo, vejo que uma ótima oportunidade para captação de novos atletas é fazer uma divulgação com foco no público masculino adulto que tenha filho entre 8 e 15 anos. Conseguindo trazer os dois para o esporte, é provável, na minha opinião, que permaneçam.
9- Para finalizar, descreva qual jogo jamais sairá de sua memória.
Resposta: Brayner 5 x 4 Luiz Colla. Final do Campeonato Brasileiro de 2018. Jogo espetacular. O Luiz tinha a vantagem do empate por ter feito a melhor campanha. Eu abri 2×0, ele empatou, e fomos fazendo gol nas saídas de bola até ficar 5×4 pra mim. Faltando 10 segundos pra tocar o cronômetro, ele deu um chute do meio de campo que quicou, pegou no travessão e não entrou. Se ele tivesse feito esse gol não daria tempo nem de eu sair a bola, ele seria campeão. Esse jogo jamais sairá da minha memória.
Agora vc tem o direito de me fazer 3 perguntas.
Três perguntas para o Léo
1- Se você soubesse que estaria na final do campeonato brasileiro de 2021, qual adversário consideraria mais difícil de enfrentar?
Resposta: Sem marmelada, rs, mas seria o Brayner. Pela experiência em finais e pelo fato de ser um tipo de jogo que dá muito trabalho de marcar e custa por muitas vezes ter que abrir mão do estilo de jogo.
2- Qual seu maior sonho no Futmesa? Se alcançasse, pararia?
Resposta: Meu sonho sempre será poder investir mais nesse esporte. Pelo meu objetivo profissional, provavelmente um dia terei que parar por conta de tempo, mas não quero dar as costas, quero virar um patrocinador do esporte.
3- Se tivesse que escolher um, o que preferiria: Flamengo campeão brasileiro no futebol de campo ou Flamengo campeão brasileiro no futebol de mesa?
Resposta: Como diz a torcida “O Brasileiro é obrigação”. Mas para o futmesa a gente tem que ralar bem mais. Então eu queria ser campeão brasileiro pelo Flamengo para dar uma volta olímpica no Maraca hahaha.
Entrevista feita por Leonardo Arcanjo