CLUBES PERNAMBUCANOS TAMBÉM INVESTEM NO FUTEBOL DE MESA
Está enganado quem pensa que os três principais clubes esportivos do Recife respiram apenas futebol e os demais esportes olímpicos, como natação, vôlei e basquete. Mesmo que ainda não muito divulgado, Santa Cruz, Sport e Náutico possuem, sim, um Departamento de Futebol de Mesa. Lá, a paixão é difundida e cresce a cada dia, também, graças à rivalidade entre as agremiações. Isso ajuda não só no fortalecimento da modalidade, como para conseguir novos adeptos, inclusive crianças e adolescentes.
No Santa Cruz, que carrega na sua essência o esporte bretão, o futebol de mesa tem seu espaço cativo e vem crescendo a cada dia. Prova foi a mais recente conquista, uma sala própria. “Antes, com as mudanças das gestões, a gente ficava à mercê de perder ou não o nosso espaço para treinar e íamos de um lugar para outro. Agora temos o nosso próprio local e isso ajuda a difundir o esporte”, afirmou o diretor de futebol de mesa do Santa Cruz, Akiles Custódio, que conta com pouco mais de 25 atletas, entre crianças e adultos, desde o retorno da modalidade ao clube, em outubro de 2013.
Dos três times do Recife, o Sport, com 31 atletas, tem o futebol de mesa integrado ao seu quadro desportivo desde 2011. Além de treinar três vezes na semana e contar com uma escolinha para os iniciantes, o lado social é uma preocupação para o diretor Renato César. Em 2014, houve um projeto com crianças da comunidade do Caranguejo (próximo à Ilha do Retiro). “Duas vezes por semana, levávamos toda a estrutura para eles poderem jogar. Conseguimos envolver não só crianças e adolescentes, como os adultos. Foi tão legal que já estamos nos organizando para fazer novamente nesse ano”, afirmou.
Além de levar o futebol de mesa para comunidades carentes, o Sport participa do Recife Antigo de Coração, quando no último domingo de cada mês o Bairro do Recife fica tomado por atividades esportivas e de lazer. “Fizemos uma parceria com a Prefeitura e tem dado muito certo. Além de a criançada querer jogar, os adultos também fazem fila para participar. Deu tanta gente que a Prefeitura sugeriu que saíssemos da área das crianças para ficarmos na parte esportiva, mas preferimos continuar onde estamos. Queremos continuar ao lado das crianças para difundir o esporte cada vez mais”, disse Renato César.
No Náutico, apesar de ter reativado a modalidade apenas em fevereiro deste ano e largar atrás dos rivais, os sonhos não são menos ambiciosos, segundo afirmou o coordenador responsável pela modalidade nos Aflitos, Renato Salvador. Debaixo das arquibancadas do estádio, ele divide espaço com o pessoal do tênis de mesa. “O desenvolvimento do esporte dentro dos clubes é muito importante. Afinal, tem muita gente que não sabe o que é, mas quando vê a gente jogando, se interessa e pede para o pai comprar um time”, disse.
Matéria do Jornal do Comércio Online