CAROLINA VILLARIGUES, CAMPEÃ MUNDIAL FEMININA DE SUBBUTEO 2016 – PERFIL
Carolina Villarigues, de 19 anos, sagrou-se campeã Mundial feminina de Subbuteo de edição 2016 que foi realizada na cidade belga de Frameries entre os dias 3 e 4 de setembro. A atleta do Núcleo de Futebol de Mesa do Belenenses, representando a Associação Portuguesa de Subbuteo, bateu na final a alemã Vitoria Busing, por 3-0, adversária contra a qual perdeu (0-2) o seu único jogo, ainda na fase de grupos do Mundial 2016 que foi disputada em Fremeries, Bélgica.
Depois dessa derrota na estreia, a portuguesa goleou a belga Amberley Drevreesse, por 5-0, e venceu 3-0 a outra atleta belga do grupo, Manon Willem. As duas vitórias permitiram a Carolina Villarigues jogar uma repescagem na qual se bateu a italiana Giulia Brillantino, 2-1.
Nos quartos de final, vítória mínima sobre a francesa Audrey Herbaut (1-0) e o passaporte para a final ficou carimbado com triunfo sobre a italiana Eleonora Battitta (1-0). A final foi completamente dominada pela jogadora portuguesa, que vingou a derrota na fase de grupos e bateu Vitória Busing com um esclarecedor 3-0.
Carolina apaixonou-se pela modalidade aos 13 anos, e desde aí, passando pelo Sassoeiros até chegar ao Belenenses, tem conquistado títulos atrás de títulos, que a fazem ser também a líder do ranking português.
“Comecei por acaso com um professor de expressão visual que tinha um núcleo de subbuteo na escola. Como tinha colegas que jogavam, decidi experimentar. Fascinou-me porque era uma modalidade diferente e pouco comum”.
O Subbuteo é diferente, mas idêntico ao futebol. São 11 contra 11, duas balizas, uma bola e as regras são parecidas às do futebol. “Quem souber minimamente as do futebol consegue jogar subbuteo. Claro que há regras mais específicas, mas é basicamente o mesmo. Com cada jogador a dar três toques, depois temos de mudar, passar para outro, e ir construindo ataques para rematar para golo.”
Não é uma modalidade profissional, mas a dedicação de Carolina Villarigues é quase total. A campeã mundial, nem depois de conquistar esse título, que juntou a campeonatos nacionais e a torneios internacionais, descansou, até porque a temporada é longa e vai agora arrancar a nível de clubes.
“Vim no avião a preparar equipas, a colocar as bases nos jogadores que vou utilizar em breve”, revelou.
Nem o cansaço físico a limita, apesar de admitir que é um desporto que exige muito. “Dedico-me muito, esforço-me e treino muito. Já consegui alguns títulos, mas por muito bom que se seja bom sem treinar não se chega a lado nenhum”, justificou.
Quanto aos jogos, fala sobretudo em aguentar muitas horas de pé – porque os torneios jogam-se de manhã à noite – e ter capacidade de raciocínio, muita capacidade. “É um desporto mais mental do que físico, mas estar de pé das oito da manhã às oito da noite também cansa.”
Sacrifícios que valem a pena e que não vai abdicar de fazer. Depois deste mundial, começa a época nacional, vai tentar à chegar à Liga dos Campeões pelo Belenenses, e há muito mais no horizonte: “Continuar a ganhar títulos pelo clube e por Portugal, quem sabe outro, mundial.”
Fonte: Mais Futebol e Jornal do Luxemburgo