BRAYNER, UM CAMPEÃO ACOSTUMADO A SUPERAR DESAFIOS
Duas vezes campeão estadual adulto (2017 e 2019), Brayner Wertmuller, de 30 anos, iniciou a temporada deste ano em grande estilo. Campeão invicto da primeira etapa de 2025, dia 23 de março, com 12 vitórias e um empate, o craque do Flamengo também estava com as mãos calibradas para vazar as metas adversárias – foram 59 gols marcados, com a excelente média de 4,5 dadinhos no filo a cada jogo. Uma artilharia pesada, demonstrada, inclusive, na grande decisão, com direito a um 7 a 1 sobre Gabriel Cataldo, do America.
Engana-se, porém, quem pensa que a caminhada até o lugar mais alto do pódio foi mera diversão ou uma tarefa quase protocolar. Brayner passou alguns apertos e teve de superar adversários de peso, como nas suas vitórias sobre os tricolores Sarti Neto, por 3 a 2, e Paulinho Quartarone, por 5 a 4. Mello, da Liga Fonte, também deu trabalho no triunfo por 4 a 2. Sem contar o dramático empate por 2 a 2 com Marcelinho, da Lafume, em jogo válido pelos 16 avos de final e no qual ele quase deu adeus à competição.
“Tive alguns duelos difíceis, dos quais destaco dois. Em termos técnicos e táticos, o jogo contra o Paulinho. Em termos emocionais, a partida contra o Marcelinho, na qual busquei o 2 a 2 no tem-chute e fiz valer a vantagem do empate para me classificar”, revela Brayner, admitindo que as adversidades ao longo do caminho deram um tempero a mais na busca pelo título. “Tive um bom ritmo de jogo na primeira fase (100% de aproveitamento) e consegui mantê-lo no mata-mata. Como foi um campeonato em novo formato, com mais de 100 pessoas, fica um gosto especial pela dificuldade”, acrescenta.
Além da alegria com o desempenho pessoal, Brayner destaca sua satisfação com a estrutura montada pela Fefumerj no Club Municipal, na Tijuca, que recebeu 165 botonistas. “Esta etapa de março foi a melhor que eu joguei nos últimos cinco anos. Talvez até a melhor estrutura que eu já tenha jogado. Ar-condicionado perfeito, mesas padronizadas e boas, filmagem e narração sem atrapalhar os jogadores, espaço confortável para todas as mesas e atletas, local de fácil acesso e muitos restaurantes por perto”, frisa.
O fato de ter voltado a jogar pelo Flamengo – ano passado defendeu o River – também é motivo de satisfação. “Esse regresso foi muito bom, pois o grupo me recebeu muito bem. Quero agradecer aos meus companheiros que, após o término dos seus jogos, ficaram assistindo aos meus jogos e me deram apoio até o final do campeonato”, disse Brayner, que, embora seja torcedor do Botafogo, admite que o manto rubro-negro lhe caiu bem. “É uma camisa que eu respeito muito. Fico feliz de estar representando o Flamengo, tanto por já ter jogado lá quanto pelo extenso e vitorioso currículo da instituição”, acrescentou.
Motivado com a conquista da etapa de abertura da temporada, Brayner evita falar sobre os adversários a serem batidos na busca pelo título de 2025. “Quem quer ser campeão tem que estar disposto a ganhar de todos os adversários”, resumiu, antes de fazer uma revelação até certo ponto surpreendente. “Ser campeão estadual individual não é a minha prioridade este ano, mas irei tentar fazer o meu melhor a cada etapa. Meu foco está na Copa do Brasil, no Campeonato Brasileiro individual e por equipes e no Estadual por equipes”, destacou, dando, também, uma dica para fazer da arte de erguer troféus uma doce rotina: “Não tem segredo. É buscar sempre evoluir, treinar bastante e estar sempre disposto a aprender”. Palavra de campeão.
Texto: Alysson Cardinali | Diretor de Comunicação Dadinho | FEFUMERJ
Fotos: Thais Sampaio