A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO ESPORTE – SER CAMPEÃO NÃO É QUESTÃO DE VONTADE, MAS DE TREINO, COMPETÊNCIA E MATURIDADE

A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO ESPORTE  - SER CAMPEÃO NÃO É QUESTÃO DE VONTADE, MAS DE TREINO, COMPETÊNCIA E MATURIDADE

Ganhar ou perder a disputa por uma vaga na fase classificatória de qualquer competição, ou mesmo uma decisão de Etapa dos campeonatos de Federações, ou ainda uma Final de qualquer Aberto de Clubes ou Ligas Independentes é consequência de um conjunto de qualidades resultantes de muito treino, maturidade, talento, princípios e atitudes, ou seja preparação técnica e emocional.

Faz parte das culturas esportivas norte-americana e européia essa “preparação” para o embate (clash). Eles promovem o embate e estimulam os jogadores para tal. Na verdade, não deixa de ser uma forma de fazer os jogadores entenderem e acreditarem que vencer é o mais importante, é objetivo, e que se treinarem, com dedicação, perseverança e união, o sonho pode se tornar possível, basta que se preparem bem e acreditem.

Algum de vocês já conversou com um americano sobre esporte competitivo, e como eles encaram o treinamento e a responsabilidade de defender a agremiação que os contratou e/ou que representam? Bem, eu já tive essa oportunidade, e posso lhes assegurar: A chave do sucesso está na preparação (em todos os seus aspectos), e na atitude (postura, confiança e inteligência emocional).

Vocês já notaram como argentinos e uruguaios lidam com decisões?! Treinamento e Entrega! Uma entrega total ao objetivo! Essa é a chave deles. Eles sabem o emblema que estão defendendo e a história que existe por detrás. As glórias de Boca Juniors, River Plate, Independiente, Estudiantes, Peñarol e Nacional são exemplos claros e vivos disso. A gana pela vitória e a superação pessoal e coletivas são evidentes, verdadeira marca da cultura esportiva de nossos hermanos.

E qual de vocês já viu uma partida da FA CUP, a Copa da Inglaterra?! Os jogadores entram para matar ou morrer, seja qual for a divisão a qual pertence o clube que defendem, seja qual for o peso da camisa que vestem. Entram para disputar aquele jogo como se fosse o último de suas carreiras. Eles querem, sobretudo, vencer, e não apenas competir, porque isso eles já fazem, e em alto nível.

Mas esse espírito de acreditar na vitória, de querer a Taça, de lutar e não desistir não se resume apenas a uma questão de vontade. Não! Decorre de um processo natural que compreende:

1 – maturidade para competir e vencer – (isso independe da idade, ok?! Por exemplo: Pode-se preparar uma ginasta de 15 anos para ganhar o Ouro Olímpico – ela só precisa saber porque chegou até ali, saber a história que carrega, e estar ciente de sua capacidade para o sucesso pleno decorrente do treinamento em alto nível);

2 – Talento/habilidade + treinamento (técnico e tático + dedicação + Renúncias = Campeão. Os fracos não são campeões. Só os bons vencem campeonatos;

3 – Inteligência emocional – sobre essa virtude, por favor dediquem 2 minutos à leitura do texto que recomendo. Já entenderão o que eu quero lhes passar:

Artigo de autoria de Ari Lima, empresário, engenheiro, consultor em marketing pessoal e gestão de carreiras e especialista em marketing e vendas.

Faço agora a seguinte reflexão pegando como exemplo o Futebol, maior paixão nacional esportiva: No Brasil, nossos treinadores e jogadores, do fraldinha ao profissional, entram firmes e determinados, cientes de suas capacidades, bem como da Camisa que estão defendendo? Treinaram o suficiente? Me questiono se nossos jogadores sabem lidar com a pressão de uma decisão, se têm inteligência emocional para superarem as adversidades ao longo da partida, tomarem as decisões mais coerentes e corretas, e obterem o sucesso. Estão atualizados? Estão efetivamente preparados?! Acredito que ainda há muito o que melhorar para atingir um alto nível.

Tudo o que foi dito acima pode ser aplicado ao Futebol de Mesa, pode ser aplicado a nós mesmos. O que queremos numa competição? Onde queremos chegar em nossa trajetória? Quais são os nossos objetivos? Estamos nos preparando bem se o que queremos são títulos ?!

Voltando para o Futebol de Mesa. Eu penso que faltando esses requisitos, consequentemente, faltará a confiança e a automotivação necessárias para sobrepujar as dificuldades externas e o adversário, seja qual for a cancha (local ou visitante, neutra, o tipo de material empregado nas mesas utilizadas na competição, em decorrências da idade das mesmas), e sair campeão.

Para vencer decisões é preciso estar física, tática e tecnicamente bem treinado, escolher o equipamento certo para a ocasião (botões, palhetas), ter alimentação, e até a roupa adequada para o ambiente onde o evento está acontecendo – lugar quente, frio), ter equilíbrio para lidar com o inesperado, controlar a ansiedade, ter postura e atitude de quem quer ser campeão, a qual vem com o desenvolvimento da necessária inteligência emocional para tomar as decisões corretas e conduzir o seu time à vitória. A consagração é a consequência.

TREINO, PERSISTÊNCIA E EQUILÍBRIO, INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, PARA TER CONFIANÇA E ATITUDE E COLOCAR EM PRÁTICA TUDO QUE SABE FAZER NA MESA. Se o Botonista ou equipe têm esses atributos certamente chegarão a uma decisão, e poderão ganhar uma competição. Sem essas qualidades ficarão apenas na vontade e dela não passarão. Quem não está preparado não vence, quem está pode não vencer. Não existe Campeão casual. Se chegou na final tem méritos.

EM RESUMO:
SE QUEREMOS SER CAMPEÕES ENTÃO DEVEMOS TREINAR MUITO, ESTAR ATUALIZADOS QUANTO AS PRÁTICAS DO ESPORTE QUE PRATICAMOS, TER CONTROLE EMOCIONAL E ATITUDE VENCEDORA.
RESPEITO, ÉTICA E AMOR AO FUTEBOL DE MESA!
DA PERSEVERANÇA E BOA PREPARAÇÃO VÊM AS CONQUISTAS!
BONS TREINOS E SUCESSO NAS COMPETIÇÕES!

Texto: Marcus Simonini Ferreira, advogado, botonista, desde os tempos de Estrelão e Bertisa, e agora fascinado pelo mundo do Futebol de Mesa competitivo.

Agradecimentos especiais: Ao meu irmão, Alexandre Simonini, meu parceiro de treinos e competições, aos amigos Alexandre Aires, José Carlos Marques Cavalheiro, Jonas Kojala, toda a Equipe do Bonsucesso Futmesa, André Moraes e ao amigo de infância, Claudio Leão (Latino), ambos do Vasco Futmesa, Carlos André Lima Barbosa, “el Profesor”, Carlos Fernandes da NLB e Raphael Couto. Agradecimento especial ao Presidente da FEFUMERJ, Cláudio Pinho, pela publicação deste artigo, como contribuição ao Futebol de Mesa.