TODO MUNDO TENTA, MAS SÓ BRAYNER É PENTA
Quinto título da Copa do Brasil veio após 22 vitórias em 22 jogos.
Craque, gênio, expert, maioral, ás, notável, único, especialista, competente, eficaz, habilidoso, fora de série, insuperável, invencível… Os adjetivos parecem poucos e imprecisos para definirem Brayner Wertmuller. O atleta do River sagrou-se pentacampeão na 15ª Copa do Brasil, disputada entre os dias 18 e 19 de maio, em Pernambuco, de forma invicta. Foram 22 vitórias em 22 jogos, um feito histórico e inédito, coroado após o triunfo por 2 a 0 sobre Luiz Colla, do Tupi-MG, na final da Série Ouro. Uma façanha digna de uma competição repleta de superlativos, como a presença recorde de 112 participantes de 14 estados diferentes. Foram mais de mil jogos ou 14 mil minutos de dadinho quicando em 32 mesas espalhadas pelo auditório da Faculdade Integrada Conceição de Recife.
“Fico feliz pelo desempenho, só que o mais importante é o título, conquistado diante de um grande jogador como o Colla. Em relação aos 100%, foi especial para mim. Tive uma maratona de 22 jogos em dois dias, com vários tipos de mesa e vários tipos de jogadores. Conseguir manter esses 100% também é uma conquista incrível, realmente fico feliz por isso”, disse Brayner, após a decisão, sem esconder certa surpresa com seu feito. “Eu sempre procuro fazer boas campanhas, mas com 100% de aproveitamento… Nunca havia chegado nem perto disso”.
Embora tenha sobrado na turma, Brayner teve a companhia de outros grandes botonistas na Copa do Brasil. Ao término da primeira fase, além dele, mais quatro adversários estavam com 100% de aproveitamento — Bandini (Fluminense), Colla (Tupi-MG), Lucas Fayer (Light) e Jean Baqui (Portuguesa-DF). E outros campeões seguiam na luta pelo lugar mais alto do pódio, como Ronald Neri (Flamengo), que ficou com o título em 2009; Bruno Romar (River), em 2015; Wellington (Flamengo), em 2017 e 2013; e o tricolor Bandini, que ergueu a taça em 2019. Jogando em casa, os atletas pernambucanos marcaram presença em cada uma das quatro chaves da Série Ouro, que contou com 12 cariocas entre os 28 classificados.
Na hora dos duelos eliminatórios e decisivos, porém, prevaleceram a categoria e a frieza de Brayner, que se supera a cada gol, a cada vitória, a cada conquista, a cada façanha, a cada recorde. Nas oitavas de final, ele passou por Renato (Eldorado-MG), por 3 a 1. Nas quartas de final, a vítima foi o rubro-negro Wellington, em um equilibrado 3 a 2. Nas semifinais, Brayner goleou o companheiro de River, Bruno Romar, por 5 a 1, até encarar Colla na decisão — a quem já havia derrotado na finalíssima da Copa do Brasil de 2017. O placar de 2 a 0 apenas ratificou a genialidade deste alienígena, que, em 22 partidas, marcou 89 gols e alcançou a impressionante média de um pouco mais de quatro dadinhos no filó a cada 14 minutos. E ainda teve a defesa vazada apenas 18 vezes. Algum outro adjetivo para defini-lo?
Na disputa do terceiro lugar da Série Ouro, Bandini venceu Bruno Romar, por 4 a 3, e se recuperou da frustração diante de Luiz Colla, na semifinal (derrota por 3 a 2). O restante do ranking teve Léo Azeredo (Avaí-SC), em quinto lugar; Gabriel Marçal (Metropolitano-PE), em sexto; Sarti Neto (Flamengo), em sétimo; e o rubro-negro Wellington na oitava colocação.
A campanha de Brayner:
3 x 0 Eder (AABB-PE)
1 x 0 Diogo Metropolitano-PE)
4 x 2 Maurício (Náutico-PE)
5 x 0 Luis Cláudio (Asfepa-PA)
4 x 0 Bravo (Lafume-RJ)
6 x 2 Dudu Ribeiro (Avaí-SC)
5 x 2 Thiago Spitz (Nova Friburgo-RJ)
3 x 2 Diego (AABB-PE)
3 x 0 Maurício (Náutico-PE)
3 x 0 Humberto (Apcef-PE)
5 x 1 João Raphael (Metropolitano-PE)
2 x 1 Bandini (Fluminense-RJ)
5 x 0 Eid Trindade (Asfepa-PA)
7 x 0 Lucas Fayer (Light-RJ)
3 x 2 André Araújo (Portuguesa-DF)
6 x 1 Tiago Spitz (Nova Friburgo-RJ)
6 x 1 Adriano (Vascoda Gama-RJ)
5 x 0 Gabriel Marçal (Metropolitano-PE)
3 x 1 Renato (Eldorado-MG)
3 x 2 Wellington (Flamengo-RJ)
5 x 1 Bruno Romar (River-RJ)
2 x 0 Luiz Colla (Tupi-MG)
Total: 22 jogos, com 22 vitórias, 89 gols marcados e 18 gols sofridos
Série Prata
O River teve motivo para celebrar duplamente sua participação na Copa do Brasil de 2024. Afinal, além de Brayner, campeão da Série Ouro, a agremiação de Piedade teve Rafael Marques como primeiro colocado na Série Prata. Após 13 vitórias, 4 empates e 5 derrotas, ele subiu ao lugar mais alto do pódio ao derrotar Jean Baqui, da Portuguesa-DF, por 3 a 1, em decisão equilibrada e na qual o adversário tinha a vantagem do empate. Na disputa do terceiro lugar, Cesar Muniz, do Nova Friburgo, bateu Thiago Araújo (Apcef-PE), por 5 a 2, levando mais uma agremiação do Estado do Rio de Janeiro e fazer bonito na competição. A classificação final entre os premiados teve Rafael Moreira (Ceará), em quinto lugar, seguido por Rubens Pompeu (AABB-DF), em sexto; Klerton (Quixadá-CE), em sétimo; e João Caxiado (AABB-PE), na oitava colocação.
Série Bronze
Santa Catarina teve motivos para sorrir na segunda principal competição individual de clubes no país. Roberto Capela, do Avaí-SC, ficou com o troféu de campeão da Série Bronze ao superar, na finalíssima, Gerson, do Metropolitano-PE), por 4 a 1. Enquanto isso, Clóvis, do Figueirense-SC, terminou na quinta colocação, após vitória sobre Vinicius Borges (Pajuçara-AL), por 1 a 0. Na disputa do terceiro lugar, Daniel Piru (Náutico-PE) fez 3 a 1 sobre Kojala (Nova Friburgo), enquanto Ronaldo Bravo (Lafume) terminou a competição na sétima posição, ao golear, por 4 a 1, Rafael Gontijo (Gama-DF), oitavo colocado na classificação final.
Série Extra
Um botonista da casa, João Guilherme, da AABB de Caruaru-PE, fez bonito na Série Extra e ficou com o troféu de campeão ao derrotar George Dantas (Light-RJ), por 2 a 1, de virada, para alegria dos pernambucanos. Na disputa do terceiro lugar, Fernando (Litovale-SP) levou a melhor sobre Filipe Ferraro (Ceará), por 3 a 0. O quinto lugar ficou com outro botonista da AABB Caruaru-PE, aumentando a celebração pernambucana na Copa do Brasil em Recife, após Wesley Will ficar no 0 a 0 com Júlio César (São Braz-SP). Na disputa do sétimo lugar, Paulo Amorim (Desp. Antares-PI), bateu Kleber Canuto (Graças-PB), por 2 a 0, e deu alegria aos piauienses.
Ano que vem, tem mais.
Texto: Alysson Cardinali | Diretor de Comunicação Dadinho | FEFUMERJ