BRAYNER VENCE CLECIANO E FATURA A 1ª ETAPA DO ESTADUAL 2024
Em disputa marcada pela grandiosidade — com a presença recorde de 167 botonistas — e pela excelência — dentro e fora das mesas —, nada mais justo do que uma final entre dois gigantes na arte de colocar o dadinho no filó. Pois este foi o enredo da primeira etapa do Estadual individual, domingo (10/3), no imponente salão nobre do Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército, no Rocha. Após um verdadeiro duelo de Titãs, Brayner, do River, venceu Cleciano, do Vasco, por 3 a 1, de virada, e ergueu o troféu de campeão da Série Ouro na categoria Adulto. A abertura da temporada de 2024 também ratificou e referendou o elevado talento de craques como Pitico, do Fluminense, e Felipe Drago, do Botafogo, que ficaram com o título na Master e na Sub-18, respectivamente.
Antes da primeira palhetada do dia, um momento de forte emoção. A Federação de Futebol de Mesa do Rio de Janeiro (Fefumerj) e todos os associados presentes prestaram bela homenagem póstuma ao Adriano Moutinho, ex-jogador, artesão de mão cheia, amigo e um grande incentivador da prática do esporte, que nos deixou há quase duas semanas. Na ocasião, foi oferecida uma placa à família enaltecendo o legado e toda a história de um dos ícones do botonismo brasileiro. Um momento que ficará marcado e que precedeu outras emoções, com o começo da maratona de 604 jogos em sete horas de acirrados e empolgantes jogos.
Maratona que ficou eternizada pelos 14 minutos mais importantes do dia: o duelo entre Brayner e Cleciano. O atleta do River chegou à final após sete vitórias, dois empates e duas derrotas, enquanto o do Vasco obteve sete vitórias, três empates e apenas uma derrota, o que lhe valeu a vantagem do empate para ser campeão. Vantagem, aliás, que lhe deu certa tranquilidade para abrir o placar, no começo do primeiro tempo. Nada que abalasse Brayner, que buscou a igualdade antes do intervalo. Tensão na mesa, mas em uma partida técnica, na qual a inspiração falou mais alto do que a transpiração. No segundo tempo, Brayner teve mais frieza para chegar aos 3 a 1 e ser campeão diante de um adversário que enalteceu a conquista riverista.
Mas as belas jogadas e os golaços não ficaram restritos apenas à finalíssima. Assim como em muitos outros jogos ao longo da competição, a disputa do terceiro lugar na Série Ouro também foi emocionante, com a presença de duas feras: Gatto, da Light, e Rodrigo Bandini, do Fluminense, que tinha a vantagem do empate, mas sucumbiu à precisão de Gatto: 3 a 2. O pódio da Série Ouro foi completado por Alexandre Aires (Fluminense), em quinto lugar; Ronald Neri (Flamengo), em sexto; Vinícius Esteves (Friburguense), em sétimo; e Gabriel Cataldo (America), na oitava colocação.
Já a Série Prata da categoria Adulto, que contou com a presença de 65 botonistas (maior contingente do dia), foi decidida entre um veterano e um novato das mesas como federado. Quem ganhou com isso foi o futebol de botão, que se renova e revela talentos, sem deixar de reverenciar os mais experientes. O título ficou com o rubro-negro Magalhães, após triunfo por 2 a 1 sobre o novato PC, da Lafume, agremiação que regressou em grande estilo ao circuito oficial. O “cascudo” Magalhães levantou o troféu com uma campanha invicta. Foram nove vitórias e dois empates, com 22 gols marcados e 11 sofridos. Na disputa do terceiro lugar, Osmar, do Piedade, levou a melhor sobre Vitinho, do River, por 3 a 1.
A alegria de Magalhães, PC, Osmar e Vitinho se somou às de outros quatro felizardos. Afinal, além de terem ido ao pódio e levado uma premiação para casa, eles asseguraram a volta à Série Ouro na etapa de abril. São eles: Rafael Alves (Friburguense), em quinto lugar; Sarti Neto (Flamengo), em sexto; Lucas Mendonça (Flamengo); em sétimo; e João Pedro (River), na oitava posição. Quem não tem motivo algum para sorrir são Harley (Lafume), Valcy (Piedade), Prudente (Liga Fonte), Cláudio Júnior (São Cristóvão), Edu Medeiros (São Cristóvão), Laís Marcelo (Fluminense), Edmundo (Fluminense) e Johnny (Piedade), que foram para a Série Prata.
Na categoria Master, os velhinhos a partir dos 50 anos mostraram que têm lenha para queimar. Que o diga o tricolor Pitico. Com uma campanha arrebatadora, com dez vitórias, um empate, 39 gols marcados e 21 sofridos, ele foi campeão ao golear Adriano, do Vasco, por 4 a 1 na finalíssima. Não sem antes fazer um dos jogos mais alucinantes do dia, nas semifinais, quando eliminou Elias (FMN), por 7 a 6, em duelo para cardíaco nenhum botar defeito. Na disputa do terceiro lugar, em um confronto “caseiro”, entre jogadores da FMN, Eduardo Massa, com a vantagem do empate, ficou no 1 a 1 com Elias. Completaram o pódio Tarouca (Vasco), Veras (Liga Fonte), João Carlos (Botafogo) e BYK (Grajaú).
Já na categoria Sub-18, disputada em pontos corridos, os moleques esbanjaram energia e protagonizaram duelos de alta intensidade. O título ficou com Felipe Drago, do Botafogo, atual campeão estadual e sedento pelo bi em 2024. Com um aproveitamento de 75%, ele obteve seis vitórias e sofreu duas derrotas para manter a sua agradável rotina de conquistas. O segundo lugar ficou com Izac Arcanjo, do River, outro forte candidato ao lugar mais alto do pódio nesta temporada. Em seguida vieram Matheus (River), Arthur Kruger (Light) e Hendrick (Botafogo). Em abril, tem mais.
Texto: Alysson Cardinali | Diretor de Comunicação Dadinho | FEFUMERJ