COLUNA 9X3 COM DIOGO PRAÇA
Raio-X:
Nome: Diogo Praça
Idade: 25 anos
Categoria: Adulto
Clube: America Fotball Clube
Residência: Andaraí
Tempo de federação: 14 anos, eu acho kkk
Time de botão que mais gosta de jogar: Liverpool
Altura preferida: 7.5 mm
Modalidade preferida: Dadinho
Bainha preferida: 11 e 32
9 perguntas:
1- “Começando do começo” vamos falar dos tempos da categoria sub-18, onde você teve seu primeiro contato com o estadual da FEFUMERJ. Comparando com o sub 18 de hoje, quais aspectos positivos e negativos, em sua visão?
No meu tempo o jogo era menos padronizado, predominavam os botões sortidos e sem bainha definida, fazendo com que os jogos fossem bem disputados e com surpresas. Além disso o time de Friburgo era bem grande, então as etapas eram cheias. Parecia um aberto com 20 pessoas.
O ponto negativo que eu vejo hoje é justamente esse número menor de adolescentes. Contudo, o ponto positivo é que eles ja entram em um padrão de jogo o que facilita também eles jogarem com os mais velhos. A integração é mais rápida.
2- Várias vezes campeão pelo America, qual título mais te marcou?
Olha, os títulos brasileiros são mais marcantes de fato pela grandeza do campeonato. Em 2017 conseguimos voltar a ganhar o brasileiro depois de 8 anos ( inclusive o ultimo jogo foi contra vc kkk), então acho que foi o mais marcante dentre os brasileiros. Mas pra mim, o mais difícil foi o estadual por equipes que vencemos do Flamengo (2016 ou 2017 não lembro o ano ao certo), em que as equipes eram as mais absurdas que eu ja vi, não só pelos jogadores mas pelo clima de final e pela rivalidade nas mesas ja existentes. O resultado da final ficou pelo tem chute do Allan Carvalho, então ali foi uma apreensão absurda… Ele acabou mandando na trave e ficamos com o título. Então acho que esse foi mais marcante mesmo pela dificuldade e circunstâncias.
3- Falando de títulos, qual taça você mais almeja conquistar?
Olha um titulo nacional individual como copa do brasil e brasileiro, antes de começar a trabalhar eu tive 2 anos mágicos em aproveitamento nos campeonatos que foram 2015 e 2016, 2016 em Curitiba foi um ano que acabei sendo eliminado pelo Brayner, mas posso dizer que mesmo eliminado foi o melhor campeonato que eu já joguei. A frustraçao não é porque do outro lado existem grandes adversários, mas ficou um gostinho de que dava para conseguir. Perder faz parte e é assim que a gente aprende a tentar não errar nos jogos futuros.
4- Além de pai, patrocinador e artesão preferido, rs, qual a importância do seu pai para a sua prática desse esporte?
Meu pai levou o nosso hobby pra dentro de casa literalmente Kkkk. Então isso ajudou muito a nos mantermos no esporte e gostar mais ainda. Eu falo para todo mundo que para mim a ultima coisa que ele é… é ser artesão. Quando participamos de um campeonato meu pai é o torcedor, atleta do time que não joga kkk. Dá apoio, sente a alegria e a tristeza, ou seja, vive o nosso sentimento de fato. É muito legal.
5- Seu jogo não costuma ter um padrão, sendo pelos lados, meio, perto… isso acaba dificultando o adversário na hora de marcar. Como você desenvolveu essa independência de jogadas padrões?
Essas características são um pouco pessoais também, sempre tentei diversificar o máximo no que prático para nao ficar refém de uma tática apenas. Mas posso afirmar, com certeza, que isso é oriundo do aprendizado que tive com Zé Alexandre (aprimorar o chute nos cantos e cortes), meu irmão (tática de jogadas), Regis (aprender a chutar com bainha aberta e armar o time ara defesa e ataque) além de outras pessoas que me ajudaram bastante e outras que pude absorver apenas assistindo e ver que eu podia tentar reproduzir o jogo/estilo daquele jeito.
6- Vamos imaginar que você tivesse que treinar uma nova promessa do nosso esporte, quais seriam as dicas que você daria?
Não fique refém de uma bainha senão você não vai entender o adversário com uma bainha diferenre da 11°. Ao contrario do futebol de campo, foque no ataque e menos na defesa. O aprendizado de se defender demora mais e vem com o tempo, mas é muito importante ter um bom aproveitamento nos gols.
7- Gostaria que você citasse um jogo que não sai da sua memória, seja vitória ou derrota.
Curitiba 2016-2017, era o quadrangular: Eu, Paulinho, Edward e Ricardo Mendonça
Ricardo estava liderando o grupo ate a ultima rodada e meu jogo era contra ele. Eu precisava ganhar e ainda fazer 5 golsde saldo para passar de fase.
Comecei perdendo e na saída de bola fiz um gol extremamente bizarro que tirou o Ricardo do sério e depois disso eu fiz 5 gols seguidos. O jogo terminou 8×2 para mim, eu classifiquei e acabei também eliminando o Ricardo. Foi um jogo extremamente absurdo e que os lances não saem da minha cabeça
8- Há alguma mudança na regra que você viu como retrocesso, ou vc acha que alguma regra atual deveria mudar?
Eu acho que na linha lateral deveriam ter marcações para evitar o “saiu aqui ou ali”. E marcaçoes dos atacantes ou seja, alguns riscos delimitando a area que o lateral ou o botão de ataque pode preencher na saída de bola.
9- Tem chute! Última pergunta e gostaria que descrevesse o que o futebol de mesa acrescentou na sua vida.
O futebol de mesa me ensinou a ter mais respeito, espírito esportivo. Mas principalmente, me acrescentou muito em amizades que construí e experiencias de vida.
Agora fique a vontade para me fazer 3 perguntas. Com ou sem polêmica kkkkkk
1- como foi pra voce sair do Clube dos 500 depois de um bom tempo e pela identificação que voce tinha ?(eu pergunto isso porque eu to no AFC há tempos kkk)
Foi bem difícil sair do Clube 500, onde eu passei minha adolescência inteira. Sai para realizar um sonho e ainda tenho muita meta pra alcançar. Eu não me via fora do Clube 500 a não ser se fosse pra jogar no meu clube de coração.
2- Qual o título que voc êalmeja (individual ou equipe)?
Eu quero ser campeão. Seja por equipes ou individual (o que acho que seria mais difícil, logo, daria mais prazer).
3- como voce vê o futmesa depois da pandemia?
Quando eu penso no ano que vem eu imagino só brasileiro, copa do Brasil etc. As competições estaduais eu acredito que não voltem antes da vacina.
Obrigado pela entrevista e pelas perguntas!
Texto: Leonardo Arcanjo